terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Reprovação, sim ou não?

 
 Essa temática foi retratada nas aulas 6, 7 e 8 com base no texto "Repetência: um erro que se repete a cada ano"
  Eita questão polemica, viu?! Desde que entrei no mundo da educação me questiono como professora e sempre repenso minhas práticas passadas como aluna. E partindo dessas duas óticas analiso primeiramente minha prática quanto estudante.

  Fiz pela primeira vez a antiga 8ª série com 12 anos e fui reprovada - e sem demagogias - eu naquele ano mereci ficar retida, e essa visão não mudou depois que me tornei professora. Foi realmente um ano jogado fora, mas em todos os ângulos quando reflito percebo que, interesse nenhum eu tive em todo ano letivo, eu faltava e quando ia ficava na pracinha, as notas então... "Vixe!" melhor nem comentar - foi um ano "rebelde sem causa". O resultado dessa reprovação, por mais que seja contraditório, foi que ao repetir eu pude me "acertar", pois eu sempre fui um ano adiantada (em idade) e parece que minha maturidade ficou compatível ao que eu deveria aprender, e quem sabe esse fator foi crucial para uma aluna (no caso eu) que teria tudo para fracassar - visto pelo lado que seria passada de série sem ter a menor noção dos conteúdos daquele ano -, hoje chegar onde cheguei.

  Passado isso concluo que a reprovação foi algo bom, também por consciência e vontade minha de melhorar, o que nem sempre acontece e que leva aos índices de evasão escolar, pois muitos repetentes acabam por desistir, achando que não se encaixam no âmbito escolar.
  Trazendo isso para ótica de professora posso dizer que eu mesma me reprovaria. Sim, é isso mesmo! Não doeu nada e me fez amadurecer de uma forma tremenda, também porque eu contei com uma família para me reerguer e uma equipe pedagógica na escola que simplesmente não me reprovou e esqueceu de mim, mas eu contei com ótimos profissionais na época que me deram suporte para entender aquela situação. Sei bem que isso não ocorre com todos.

  A aprovação e reprovação deve ser algo meticuloso de ser avaliado e existem vários fatores que não só estão incumbidos na avaliação/prova, mas também na conscientização de esforço e interesse do aluno. É uma responsabilidade enorme reprovar um aluno, e também não diminui a responsabilidade aprovando, muito pelo contrário apenas transfere o "problema" do aluno que quase não sabe para uma série a cima, onde ele saberá menos ainda.

  Algo interessante são os ciclos, onde só se reprova ao final de uma determinada série, quando se encerra o ciclo. Porém essa estrutura quando praticada é muito mal organizada  e o que acontece é que o índice de reprovação simplesmente se torna gigantesco no final do ciclo onde se "pode" reprovar.
  Penso que um ano letivo é pouco para conhecer e avaliar de forma eficaz o aluno, no caso do ciclo por exemplo, se este for de 3 anos ( 3 séries) ter um professor que acompanhe esse aluno do começo até o final do ciclo seria uma forma que - na minha concepção - geraria resultados avaliativos concretos, onde assim, seria de fato julgado o ciclo em si como um todo, e não aquele finalzinho. Será utopia pensar assim?
  Bom, pensar reprovação e aprovação é realmente intrigante. Reter um aluno é algo muito delicado e como já disse antes, aprovar sem que se adquira os conhecimentos necessários para seguir em frente também não é a intenção - creio eu, claro! 
  E baseando-se em Focault, sabemos que não há uma verdade absoluta. Passo o link de um ótimo texto que contradiz tudo o que penso, porém levanta excelentes questões quanto ao NÃO REPROVAR. Vale a pena ler. >>> clique aqui <<<

"A questão, portanto, não é reprovar ou aprovar, o desafio é garantir que o aluno aprenda. E para isso, o caminho correto, porém trabalhoso, é instituir com seriedade e honestidade a política de ciclos."   (Daniel Cara, para o site UOL.)
                                       

domingo, 30 de novembro de 2014

Aula no estilo Debate sobre o PPP



  

  O texto base para discussão do debate foi "Projeto Político-Pedagógico da Escola: Uma construção coletiva" organizado por Ilma Passos Alencastro Veiga. Através deste os grupos formados em sala de aula debateram suas opiniões relacionando-as ao texto.

  Veiga Salienta neste estudo o entendimento do PPP como a própria organização do trabalho pedagógico como um todo.
  Este texto visa justamente a reflexão do que é o PPP e leva- nos a pensar como a organização escolar deve ser avaliada de dentro para fora da instituição escolar.

  Nós futuros pedagogos precisamos entender o projeto político-pedagógico como uma reflexão minuciosa e analítica do cotidiano escolar e não uma fantasia que só ficará bonito no papel, porém na "vida real" mal o podemos aplicá-lo. Para tanto, precisamos desse entendimento lúcido e tempo razoável para que se permita fundir uma reflexão/ação, com o intuito de que possamos ter um mínimo necessário para consolidarmos as propostas que ali permeiam.

Para resumir e elucidar para os que ainda não conhecem o que é PPP, encontrei esse breve Slide que dará uma "luz":

"A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais da quais a escola é mera executora."  (Veiga, Ilmar P. A.; 1998 pg 18)

Aula/Apresentação de Grupos

  
  Apresentação de slide acerca do texto selecionado em sala de aula. Grupo formado por: Jéssica Vasconcelos, Taynná Barcellos e Thalyne Soares.

  O texto aborda a questão da alfabetização e do letramento, e de como o significado de ambos estão entrelaçados, fomentando que um sempre complementará o outro no momento da prática. Aborda também a importância do brincar aprendendo e dos gêneros textuais que auxiliam a criatividade do aluno.


Texto: Letramento e Alfabetização: Pensando a Prática Pedagógica .
Autores: Telma Ferraz Leal
Eliana Borges Correia de Albuquerque
Artur Gomes de Morais

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Aula Palestra com a OP Claúdia Lino


  Esta palestra foi apresentada pela professora Claúdia Lino, que contou-nos sua vivência na sala de aula como alfabetizadora e Orientadora Pedagógica da Rede Municipal de Duque de Caxias.
  Todo discurso preparado foi muito intrigante para mim que sou professora de pré alfabetização e enfrento no dia- a -dia as mazelas de uma educação muitas vezes esquecidas pelos pais e alicerçada pela Professora que realmente conquista o espaço de "tia" para as crianças. E buscar as formas adequadas e que melhor se encaixe para a turma é um dos meios que nos auxiliam para que possamos, mesmo com tanta defasagem, conseguirmos chegar e alcançar cada aluno.

  Claúdia comentou sobre sua tese do doutorado que era sobre o PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa), e a palestrante salientou que a princípio sua teoria era de dizer o porque desse Pacto não funcionar, porém quando recebeu os recursos necessários e os materias cedidos pelo MEC ela se surpreendeu e ficou evidente para mim, ouvinte, que o que realmente importava neste ponto de vista era entender e fomentar as potencialidades do Pacto (mesmo este sendo falho).

  Ela deu dicas excelentes de como entender a alfabetização, de como fazê-la sem ser um "terror" para o aluno e para o professor. Foi possível entender como é mastigado a "instrução" que nos é dada (nós Professores), e como ha uma defasagem não só na educação dos nossos alunos, mas também em nossa própria educação, até entendemos que não existe uma cartilha unificada (e nem deveria existir), que deixasse claro o que todos os professores devem aprender, porém tem que haver uma concordância no que é passado para nós desde o Curso Normal até o Ensino Superior.



  Ao lado anexei um vídeo que explica melhor o que deveria ser o PNAIC, que foi bastante discursado pela professora Cláudia. É uma proposta que eu como leiga, adoraria conhecer.

  Algo que fica sobre a palestra: O importante na educação é planejar. Não é legal fazer experiência com os alunos, temos que ter certeza do estamos trabalhando, temos que ter o mínimo de domínio do que é ensinado. Constantemente temos que buscar as potencialidades dos alunos trabalhar em cima do que lhes fazem bem, mesmo com tantos parâmetros que tenham encarcerar a liberdade do professores. Devemos melhorar e otimizar nossa forma de ver e pensar o educar e a transmissão dos nossos conhecimentos.



        ..."Alfabetizar é decifrar códigos... é interpretar todo o contexto."

                                                                          (Claúdia Lino)